

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) colocou sua rede de 27 Institutos de Inovação e 60 Institutos de Tecnologia a serviço do combate ao novo coronavírus. O Edital de Inovação para a Indústria lançou, nesta quarta-feira (18), chamada para receber propostas de soluções contra os problemas causados pelo vírus que tenham aplicação imediata e com resultados em até 40 dias. Serão investidos R$ 10 milhões em projetos que ajudem a prevenir, diagnosticar e tratar a Covid-19 e seus efeitos, como a fabricação de mais respiradores mecânicos e o desenvolvimento de testes rápidos de detecção. As inscrições podem ser feitas no site.
A instituição também criou um canal de contato com empreendedores que precisem de apoio tecnológico. Distribuídos em todas as regiões brasileiras, os institutos do SENAI possuem pesquisadores qualificados, equipamentos e infraestrutura de vanguarda para desenvolvimento de produtos e processos inovadores, assim como para a oferta de serviços de consultoria e metrologia. As proposições podem ser realizadas por Whatsapp no número (61) 99628-7337 ou pelo email combatecovid19@senaicni.com.br.
Pensando na prevenção ao Covid-19 algumas empresas têm adotado modelos de negócio home office como uma medida emergencial. Nesta sexta-feira (13), há ao menos 151 casos confirmados no país. Um movimento semelhante acontece ao redor do mundo, no qual o trabalho remoto virou uma regra temporária em escritórios do Facebook, Apple, Google, Twitter, entre outros.
Essas companhias estão adotando, talvez pela primeira vez, uma rotina que há muito é considerada normal para algumas empresas. No Brasil, a Presto Performance, por exemplo, é uma agência de marketing que opera 100% remotamente. Os funcionários estão divididos entre o Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Portugal e Irlanda.
“Eu fui contratar pessoas e encontrei muita dificuldade de encontrar mão de obra qualificada perto”, conta Guilherme Martins da Costa, fundador da Presto Performance. Uniu-essa dificuldade com o fato de a maioria dos clientes se concentrarem em outros locais e a consequência foi que a agência passou a crescer independente das barreiras geográficas.
No setor de startups, o home office se tornou um benefício a ser oferecido pelas empresas, a exemplo da Mutual, fintech de empréstimo pessoal. “Não precisar se preocupar com trânsito, transporte público ajuda na atração no mercado. Nós adotamos essa postura de trabalho remota — se houver cinco pessoas em uma reunião online e apenas uma não estiver presente, todas as outras irão usar videoconferência para quem não está presente consiga se integrar bem àquela reunião e ao convívio comum”, conta Victor Fernandes, cofundador da Mutual.
Atualmente, 40% dos 60 funcionários da fintech moram em outros estados. “A nossa cultura foi montada para ser uma empresa remota com o presencial. Nós focamos em resultados, entregas e não no controle. Temos confiança mútua entre os funcionários e times e dá resultado na forma que trabalhamos”, disse Fernandes. Os profissionais são divididos em squads que se encontram a cada dois ou três meses no Rio de Janeiro, sede da companhia.
“Nós fomos a primeira fintech do Rio de Janeiro a ter adotado totalmente o remoto se precavendo da epidemia. Na terça-feira (10) todos os colaboradores deixaram de usar o escritório e a produtividade e as entregas não mudaram em nada”, disse o empreendedor.
Fonte: https://www.startse.com/noticia/startups/coronavirus-home-office-saude-rh